Movimento retilíneo uniforme (M.R.U.)
Movimento retilíneo uniforme (M.R.U.) é descrito como o movimento de um móvel em relação a um referencial, movimento este que tem velocidade constante ao longo de um percurso retilíneo. Pela primeira lei de Newton, todo corpo tente a se manter em seu estado de repouso, ou em movimento retilíneo uniforme, a menos que uma força o faça muda seu estado.
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Dessa forma um móvel livre da ação
de forças externas, ou estará parado com v=0 ou estará em MRU com v=cost. Como
a velocidade é constante em todo o percurso, pela definição de velocidade
temos:
Fazendo
tₒ=0, temos:
Assim obtemos a equação horaria do MRU
, onde x é
posição final, xₒ é a posição inicial, v é a velocidade e t é o tempo. O gráfico dessa equação, da posição x tempo, é uma
reta inclinada que passa pelo eixo y no ponto xₒ, e que tem como coeficiente
angula a velocidade v. Caso o movimento seja no sentido da trajetória o movimento
será classificado como progressivo e a velocidade será positiva, mas se o movimento
acontece no sentido oposto a trajetória, o movimento será retrógrado, e a
velocidade terá sinal negativo.
Outro
gráfico do MRU além do citado acima seria da velocidade em função do tempo, que
seria de um reta paralela ao eixo x, pois a velocidade é constante.
Material
Trilho de ar, compressor de ar, cronômetro
digital, sensores infravermelhos, planador, câmera digital, régua.
Esquema
de montagem experimental
Procedimento
6.1
– Coloque um anteparo no planador.
6.2
–coloque o sensor infravermelho que acionará o cronômetro em um ponto de
referência no trilho. Faça desse ponto sua referência inicial, ou seja, sₒ = 0m
e tₒ= 0s.
6.3
– Fixe os outros sensores infravermelhos em posições distintas e bem
conhecidas, tomando como referência o sensor start do cronometro. Os sensores
infravermelhos devem ficar posicionados de modo que sejam acionados pela
passagem do planador, ou seja, o anteparo do planador deve tangenciar a
abertura do sensor para cortar o feixe infravermelho ao ultrapassá-lo.
6.4
– Prepare a câmera do celular para filmar o experimento. A câmera deve ficar
imóvel, paralela ao trilho de ar e conseguir filmar o movimento do planador do
início ao fim.
6.5
– Coloque o planador antes do primeiro sensor, ligue o compressor de ar, e
empurre suavemente o planador.
6.6
– Monte uma tabela com os dados obtidos de tempo (t) e posição (s) do planador.
6.7
– Construa um gráfico da posição em função do tempo (s x t) e determine a
equação para o movimento do planador.
6.8
– Discuta o significado físico dos coeficientes linear e angular da equação
obtida para esse experimento.
6.9
– Determine a velocidade média do planador, incluindo a incerteza da medida.
Discussão e conclusão
A partir dos dados de posição e
tempo foi criada a tabela 1, mas tomando o tempo inicial como zero (subtraindo
0,293 de cada tempo) se obtém a tabela 2, a qual será utilizada para a análise.
Utilizando
os dados da tabela 2, criamos um gráfico da posição em função do tempo (posição
X tempo).
Fazendo uma análise no gráfico
nota-se que a posição do planador varia linearmente com o tempo, e através da
linha de tendência e possível nota que a equação da reta é y = 55,629x +
34,082. A qual é similar a equação horaria do MRU, onde 34,082 é o coeficiente
linear, ou seja, é o ponto inicial do planador quando t=0, e 55,629 e o
coeficiente angula da reta, ou seja, a velocidade em cm/s, que convertendo
ficaria aproximadamente 0,55 m/s.
Pela tabela sabe-se que a posição
inicial do planador e 30cm e não 34,082cm como mostra a linha de tendência,
essa diferença de 4,082cm ocorre devido a erros de medidas, como é o caso do
terceiro sensor, que está fora da linha de tendência. Assim tomando apenas a
posição inicial e a posição final do móvel, podemos calcula a equação correta
do MRU.
Considerando a incerteza da régua
igual a 0,05 cm e a incerteza do cronometro é igual a 0,0005 s, temos:
Assim a velocidade do móvel com a
incerteza é
. Assim a equação do MRU que descreve o movimento do planado
é y=57x+30, ou mais precisamente x=30+57t, onde o coeficiente linear dela é a posição inicial,
30cm, e o coeficiente angula seria a velocidade sem a incerteza, 57cm/s .
Criando
um gráfico da velocidade em função temos uma reta paralela ao eixo x:
Fazendo uma análise no gráfico,
notamos a velocidade não varia no tempo, e como ela está acima do eixo x,
podemos concluir que ela é positiva, logo o movimento é progressivo.
Essa postagem foi uma adaptação
de um relatório para a disciplina de Laboratório de Física Geral I, para ter
acesso ao relatório completo baixe aqui, na pasta de download além do relatório,
vai estar um vídeo do experimento com um arquivo do Tracker já preparado para
apenas analisado.
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