A Teoria do Trebuchet
O
Trebuchet é uma antiga arma de cerco, utilizada para lançar projéteis a grandes
distâncias utilizando energia potencial gravitacional. Seu funcionamento consiste em um braço de
alavanca, com uma bolsa, onde o projétil é colocado, na extremidade mais longa,
e na outra era fixado um contrapeso, o qual era erguido até uma certa altura.
Quando o contrapeso era solto, ele descia ao mesmo tempo que levantava a outra
extremidade, assim lançando o projétil, durante o lançamento a energia
potencial do contrapeso é transformada em energia cinética e depois transferida
para o projétil.
O
seu braço funciona como uma alavanca interfixa, ou seja, ela tem 4 componentes,
uma barra rígida (braço de lançamento), um eixo de apoio, uma força motora (Fm), e uma força resistente (Fr), sendo que a distância da força Fm até o eixo é chamada de braço potente (Bp), e a distância da força Fr até o eixo é chamada de braço resistente
(Br).
Aplicando
esses conceitos no Trebuchet, temos que, a força motora é força peso do
contrapeso, e a força resistente é a força peso do projétil, enquanto isso, o
braço potente é a distância do contrapeso ao eixo, e o braço resistente é a
distância de onde está a bolsa que guarda o projétil até o eixo.
Em
uma alavanca o que faz gira é torque e não as forças que atuam nela. Torque é o produto vetorial da distância até
o eixo pela força aplicada, ou seja:
Para
que uma alavanca esteja em equilíbrio, o torque das forças que estão atuando em
cada braço devem ser iguais, ou seja:
A alavanca interfixa tem duas funções, a
primeira é para aumentar a força, e segunda e para aumentar a velocidade.
Quando o braço da força potente é maior que o braço da força resistente, a
função da alavanca é de aumentar a força, enquanto isso quando o braço da força
potente é menor que o braço da força resistente resistência, a função da
alavanca é de aumentar a velocidade.
Logo
para que ter um melhor aproveitamento da energia mecânica do trebuchet, o braço
potente precisa ser a menor possível, enquanto o braço resistente precisa ser o
maior possível, dessa maneira o projétil terá o maior alcance possível.
Depois
que o projétil é lançado, ele realizar um movimento em forma de parábola.
Podendo assim ter seu movimento descrito como um lançamento oblíquo.
Um
lançamento oblíquo possui algumas características próprias, as quais o
diferencia dos outros movimentos, como o fato dele realizar dois movimentos
simultâneos um na vertical e outro na horizontal. Na vertical ele realiza um
movimento retilíneo uniformemente variado (M.R.U.V) com uma aceleração igual a
–g, e na horizontal ele realiza um movimento retilíneo uniforme (M.R.U), ou
seja, ele possui uma velocidade constante na horizontal. Quando for lançado de
um ângulo de 45º, o projétil terá o alcance máximo, 3 quando ele estive em seu
ponto mais alto da trajetória, ele momentaneamente terá uma velocidade zero na
vertical, e o tempo que ele demora para subir uma altura é igual ao tempo que
ele demora para descer ao solo dessa mesma altura.
Logo
colocando o movimento em um plano cartesiano, cujo o eixo Oy é adotado como
vertical e orientado para cima, e tento assim o vetor aceleração gravitacional
como –g, apontando para baixo. É possível descrever o movimento do projétil
através das seguintes equações.
Com: Vx =
a velocidade no eixo x em (m/s), V0 é
módulo da velocidade inicial que o projétil foi lançado em (m/s), θ é o
ângulo do lançamento em relação ao eixo
x, t é o tempo em segundos , A é o alcance em (m), h é
altura em (m), hmax é
a altura máxima em (m), ttotal é
tempo ,em (s), que o projétil demora para atingi o solo depois que lançado.
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